Soliture

Andando pelas ruas escuras de soliture, senti a miséria ao meu lado, os homens sujos se esfregavam nas paredes, enquanto grandes anjos negros torturavam o resto de suas almas.

Anjos caídos choram, lagrimas de sangue enquanto pássaros pretos, sobrevoam o céu vermelho de sangue de gente inocente.

Os gritos fazem ensurdecer o fim da tarde, são gritos de horror e miséria, gritos de pessoas arrependidas presas ao seu ego, de pessoas que passaram a vida presas ao dinheiro, ao preconceito.

Quando o sino da igreja toca, anjos negros começam a torturar mais pessoas, o sangue escorre pelas ruas de pedra, que um dia foi uma cidade alegre.

Andando, vendo um universo de horror, sonhos apagados, jogados ao fogo que tudo consome, e faz gritar a alma de arrependimento. Vi velhos amigos chorando, quando que der repente senti algo ao meu lado, sim era um anjo branco chamado insônia.

Ele me perseguia, tentei fugir não consegui, ele me levara ao universo de soliture, em uma noite anterior, mas, desta vez ele prometeu me proteger de mim mesmo, do meu ego, então a vida o respondeu, dizendo que eu estava assim por causa de meus atos.

Então uma estrada de pedras, surgiu em minha frente como um passe de magica, e este anjo pegou minha mão, e prometeu me levar para um lugar melhor. E me disse que ele estava sempre ao meu lado, e que ouvia minhas palavras, sentia o que meu coração sentia, e entendia a minha dor naquele momento.

Tentei perguntar seu nome novamente, o silencio dominou e assim ele falou:

Pode deixar eu te protejo, te entendo, siga-me, e vamos juntos viver uma vida melhor.

jefferson belisario