Retalhos de uma vida
E com a intensificação dos dramas amorosos vividos pelo autor, mais textos eram publicados e em várias vezes acabavam se tornando diários, muitas garotas achavam que aqueles relatos pessoais não passavam de mera criação, que nada do que era relatado seria real. Mas, mal sabiam que tudo era fato, que as angústias e dores, eram quase que diárias, que aquele amor não correspondido era real, e surgiam porque segundo o autor todos eram proibidos, o que de fato era. Onde já se viu um rapaz de 14 anos gostar de outro? De em muitas das vezes ambos quererem ter uma história juntos? Isso era incompreensível para um adolescente que acabara de se distanciar da igreja, e que possuía uma família conservadora e tradicional que condenava veementemente esse tipo de atitude.
E assim o tempo ia passando e cada vez mais as histórias de amores proibidos ou não correspondidos aumentavam, tanto que chegou ao ponto em que todos da cidade começaram a questionar que amores eram esses? E assim a se intrometer na vida pessoal do autor, tanto que chegou a um certo momento em que ele parou de escrever e o blog foi esvaziado.
E aos 16 anos o maior de todos os amores acabaria chegando, pois, diferentemente dos anteriores esse era correspondido e alimentado. Dessa vez o autor havia se apaixonado pela pessoa "certa", porém a falta de coragem de ambos de serem sinceros com a sociedade daquela pequena cidade acabou esfriando o sentimento, ao ponto de que tudo terminou e nem eles sabiam o porque.
E o tempo foi passando, 17, 18 anos e assim surgia o mundo adulto, e os encantos de uma cidade chamada Goiânia acabou contribuindo para a libertação do jovem que achou naquela cidade um refúgio dos preconceitos do interior. Tanto que o maior objetivo agora era construir ali o seu futuro porém, como o destino é traiçoeiro veio assim mudanças, primeiro Cuiabá e depois Curitiba, até que chega-se a era universitária e de militância politica. E durante todo esse tempo de mudanças o blog tinha caído no esquecimento, assim como os romances pouco a pouco foram minando, ao ponto de o autor que agora é adulto acabar esquecendo-se o que é o amor verdadeiro.
E assim prossegue a história de um garoto que muito cedo achou na internet uma maneira de se expressar. Quem é esse garoto da história? Simples, ele sou eu.
Curitiba não te fez bem, mas tu faz muita falta.
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