Uma noite um anjo.

O céu anuncia, a noite vem chegando e o que foi azul agora toma tons de cinza, e se lota de astros brilhantes.

A rua antes cheia de luz agora se torna escura e sombria, antes cheia de vida agora se torna cheia de insetos noturnos, enquanto a fumaça e o frio toma conta da noite.

Os prédios cobertos por uma forte neblina mostram se velhos e assombradores, enquanto um velho ouve seu rádio, que por motivos tropos ouve se canções antigas.

Esse mesmo parece estranho e mal encarado seu rosto revela o sofrimento da vida aqui na cidade, e as musicas mostram que a insônia o assola.

Andando mais a frente no alto de um edifício, caem água em forma de pingos, e na singela e fria noite chegam ao chão frias parecendo que congeladas.

Em cima deste prédio, havia um anjo que chorava seus soluços silenciosos ninguém ouvia e nem atormentava a vizinhança que dormia, o anjo parecia uma criança suas enormes asas acobertavam seu corpo, e seu cabelo protegia lhe a face.

O motivo para tanto pranto, não sabia ou ao menos falava, enquanto La de cima via se a cidade, toda iluminada pelas luzes da noite, que constatavam com as estrelas do céu,

Como pode um ser tão gracioso e cheio de luz chorar, o que o aflige, ninguém sabe, e aos poucos o tudo se passa enquanto o enorme ponteiro do relógio da catedral parecia que flutuava sobre o tempo.

E com o alvorecer, do dia as luzes terrestres se apagam, as dos céus continuam a brilhar, então aquele que tanto chorava recupera seu fôlego, e desce daquele alto edifício suas asas somem seu rosto agora resplandece sobre a luz do sol.

Agora ele perde sua graça e sai andando no meio dos seres humanos, sem sentimentos e egoístas, e invisível se vai ao encontro do infinito.

Jefferson Belisário